Como Filtramos a Realidade

Este texto é um excerto do livro “As Virtudes do Yoga: Antigos Ensinamentos para esta Época de Crise Global” do autor Georg Feurstein.

A realidade que compartilhamos é uma realidade de conceitualizações comuns. Alguns escritores, portanto, chamaram-na de realidade consensual. Agora, se o modo como vemos e nos relacionamos com a realidade fosse puro, não haveria nenhum problema. Mas o fato é que nós não vivemos a realidade como ela realmente é. Em vez disso, como a psicologia moderna já demonstrou, nossas percepções passam pelo filtro da interpretação. Elas são tomadas por todo tipo de conjecturas, inclusive a principal delas, de que existem seres e coisas concretos. Estamos acostumados a pensar em nós mesmos como entidades estáveis ou objetos estáveis e concretos. Essa maneira simplista de perceber todas as coisas equivale a uma intriga (fabulação) geralmente aceita. Embora essa excessiva simplificação das complexidades da existência tenha uma indiscutível utilidade prática, em termos espirituais, ela é um rematado desastre, na medida em que impede que nós estejamos plenamente conscientes de nossa liberdade inerente.

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